Dia da Mulher Afro-latino-americana é comemorado


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Cerca de 50 mulheres, negras, brancas e mestiças, se reuniram no auditório do Colégio de Aplicação, no dia 25 de julho de 2011, para celebrar, cantar e refletir sobre a condição da mulher negra e suscitar propostas de organização, articulação e mobilização deste segmento no Estado do Acre.
O evento, apoiado pela Assessoria da Mulher, Coordenadoria Especial da Mulher e Rede Acreana de Mulheres e Homens, coordenado pela professora Almerinda Cunha, foi aberto com uma poesia.  Em seguida foi proferida uma palestra pela professora, historiadora e militante do Movimento de Mulheres Negras Gevanilda, que abordou a questão da mulher negra: sua organização no plano nacional e internacional; visibilidade; formas de empoderamento; políticas públicas, especialmente as cotas e o estatuto da igualdade racial; por fim, reforçou as principais tarefas do Movimento Negro, em geral e do Movimento de Mulheres Negras, em particular.
A estética da mulher negra também foi abordada, durante o encontro que foi encerrado com a participação da senadora Marina Silva que, entre outros, reforçou a importância e necessidade do direito à diferença.
No Dia Internacional da Mulher Afro-latino-americana e Afro-caribenha as redes e articulações de mulheres negras apontam as conquistas e os marcos da luta contra o racismo e sexismo. A data surgiu há 17 anos durante o I Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, realizado em Santo Domingo.
Naquele mesmo ano, em 1992, foi constituída a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas, Afro-caribenhas e da Diáspora. "A Rede promove o fortalecimento das organizações e movimentos de mulheres negras. Incidimos em cada país do continente através de organismos e fóruns internacionais. Visibilizamos a situação das mulheres negras, denunciamos a exclusão e formulamos propostas de políticas públicas que devem ser assumidas por Estados e organismos internacionais", diz Dorotea Wilson, da Rede de Mulheres Afro-latino-americanas, Afro-caribenhas e da Diáspora.
 Na articulação para o combate ao racismo, a Rede destaca as alianças estratégicas com outros movimentos sociais, a implementação do Plano de Ação de Durban e o aumento da participação da juventude no movimento de mulheres negras. "Estamos impulsionando o processo de articulação para a execução do Plano de Durban, a inclusão da variável étnico-racial nos censos de 2010 e a construção da Convenção Interamericana contra a Discriminação Racial e Toda Forma de Intolerância, na Organização dos Estados Americanos", complementa Dorotea Wilson.
Fonte: PORTAL GABARITO

Comentários

  1. Este ano realizaremos o 3º Encontro de Mulheres Negras no dia 25 de julho.
    A luta das Mulheres Negras no Acre ganhou força com a criação do Comite Gestor de Igualdade Racial da Prefeitura de Rio Branco-CGPIR, coordenado pela Dra. Lucia Ribeiro comprometida com a libertação do povo negro e em especial com as Mulheres Negras.Esse ano já teve um Seminário sobre a MULHER NEGRA NO MERCADO DE TRABALHO organizado pelo CGPIR e COMULHER.
    Estamos avançando, em breve divulgaremos os eventos futuros. Aguardem...
    Almerinda Cunha

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